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quinta-feira, 27 de abril de 2017

(ATIVIDADE 10) 8º ano - Pesquisa e debate dos temas: Puberdade, obesidade, crescimento lento e células tronco (Ciências)

1) Puberdade


O que é puberdade?

Chama-se de puberdade a fase vivida pelo ser humano entre a infância e a fase adulta, ou seja, na adolescência. Trata - se de um momento de transformações físicas e biológicas e de oscilações emocionais ocasionadas pelas alterações hormonais que o corpo sofre. O corpo está voltado nessa fase para a produção dos hormônios sexuais que são diferentes em cada sexo. Os meninos produzem, entre outros, a testosterona e as meninas o estrógeno.
Nessa fase o crescimento se acelera, os órgãos sexuais ganham definição e a fertilidade se inicia. É um processo difícil tanto para o adolescente, que vai viver essas transformações, como para os que o rodeiam que terão de se adaptar às alterações de humor e às crises existenciais vividas por ele. Apesar de tudo isso essas transformações são necessárias para a manutenção da espécie humana, pois todo esse alvoroço tem como objetivo dotar o homem de capacidade e condições para o processo de reprodução.



A puberdade nas meninas

A puberdade nas meninas é caracterizada:

- pelo desenvolvimento dos seios e da genitália;
- pelo aparecimento de pêlos pubianos na genitália e nas axilas;
- pela definição das formas do corpo acarretada pelo acúmulo de gorduras em determinadas partes (quadris, coxas);
- pelo surgimento de erupções na pele (acne);
- e pelo aparecimento da menarca.

Menarca é o período da primeira menstruação. Chama-se menstruação o processo cíclico mensal de perda de sangue originário do útero. Este fenômeno ocorre normalmente a cada quatro semanas e sua duração é variável de uma mulher para outra sendo na maioria das vezes de 3 a 4 dias. Em relação à isso cabe ressaltar que, em geral as primeiras menstruações são muito irregulares podendo até mesmo ocorrer duas vezes no mês. Essa irregularidade é normal, mas não se deve esquecer que a primeira atitude a ser tomada após a primeira menstruação é a de procurar um médico especialista, neste caso um ginecologista.


A puberdade nos meninos

Nos meninos a puberdade se caracteriza:

- pelo engrossamento do timbre da voz;
- pelo nascimento de pêlos no corpo (peito, pernas, axilas, genitália);
- pelo surgimento da barba;
- pelo desenvolvimento muscular;
- pelo aparecimento de acne;
- pelo desenvolvimento da genitália;
- e pela primeira ejaculação, que poderá ocorrer enquanto o garoto dorme ou ainda durante uma masturbação;

Embora não seja uma regra, alguns meninos podem apresentar desenvolvimento das glândulas mamárias. É o que se chama de ginecomastia. Esta tende a desaparecer durante a adolescência, porém, se não desaparecer ou se o crescimento for excessivo, trazendo transtornos para o adolescente um médico deve ser consultado a esse respeito.


Qual a idade certa para ocorrer a puberdade?

A idade para entrar na puberdade não é a mesma para meninos e meninas nem a mesma para todos os meninos ou todas as meninas. O ser humano é repleto de singularidades e cada um tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, porém, há uma média que se pode ter como referência.
Nas meninas os primeiros indícios da puberdade podem ocorrer a partir dos nove anos e nos meninos a partir dos dez. Isso não significa dizer que todos vão entrar na puberdade nessa fase. É considerado normal o início da puberdade até os treze anos nas meninas e catorze nos meninos.

A puberdade que ocorre fora desses períodos é considerada uma anormalidade que pode ser chamada de:

Puberdade precoce – quando ocorre antes dos oito anos em meninas e dos nove em meninos;
Puberdade retardada – quando até os 13 anos nos meninas e catorze nos meninos, não apareceu nenhum dos sinais devidos.

Nesses casos o médico deve ser consultado para dar as devidas orientações de procedimento e encaminhar para um tratamento se for necessário.




2) Obesidade


A obesidade é uma doença caracterizada pelo excessivo acúmulo de gordura corporal e normalmente está associada a problemas de saúde, comprometendo ainda mais o estado do indivíduo. A obesidade é um fator de risco para várias doenças dentre as quais podemos citar: câncer, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças cérebro-vasculares, apneia do sono, osteoartrite e diabete Melittus tipo dois.
O aumento do peso corporal é uma tendência mundial. Nos Estados Unidos, por exemplo, 35% da população (algo feito 97 milhões de pessoas!) estão acima do peso. O Brasil, apesar de ser um país muito mais pobre, segue a mesma tendência, aqui já há 40% de pessoas com peso acima do normal. É na faixa mais pobre da população que este número mais cresce.
O dignóstico é feito através do cálculo de índice de massa corporal (IMC), método mundialmente difundido e criado por Adolphe Quételet, que consiste em dividir o peso do indivíduo (em kilogramas) pelo quadrado de sua altura (em metros). IMC menor a 18,5 corresponde a pessoas com peso abaixo do normal, entre 18,5 e 24,9 é tido como peso normal, entre 25 e 29,9 representa pessoas com peso acima do normal, entre 30 e 30,9 a pessoa está obesa e quando o IMC é maior do que 40, considera-se a pessoa portadora de obesidade mórbida.



Há várias causas para o surgimento da obesidade dentre as quais podemos citar: predisposição genética, dietas ricas em gordura, falta de exercícios físicos e alterações endócrinas (hipotiroidismo, por exemplo).
O tratamento inclui a reeducação alimentar, que consiste em consumir alimentos menos calóricos, maior ingestão de alimentos ricos em fibras e respeito aos horários das refeições. Este procedimento pode requerer suporte psicológico e auxílio por parte da família. Outra medida adotada é o início de atividades físicas visando gastar a energia acumulada do organismo na forma de gordura. A atividade física diminui o apetite e melhora a auto-estima. Depois de verificar se a pessoa está em condições adequadas de saúde para a prática de exercícios, o ideal é que ela caminhe 50 minutos quatro vezes por semana.
A prevenção se dá através do estímulo, desde cedo, para que a criança aprenda a ter uma dieta balanceada e sem excessos. A prática de exercícios também deve ser incentivada.





3) Crescimento lento


O que é Crescimento lento (em crianças)?

O crescimento lento ocorre quando a criança cresce menos do que o esperado. Existe um padrão de crescimento (peso/ altura / IMC) que é avaliado pelo seu pediatra em um gráfico e acompanhamento em todos as consultas. Existe um padrão de crescimento comum para as crianças que foi medido por algumas instituições internacionais e serve como parâmetro para os pediatras, que medem o peso, altura e IMC da criança a cada consulta. As crianças com alteração em seu crescimento, como o crescimento lento, devem ser investigadas do ponto de vista clínico, para que seja avaliada o quanto desta diferença é normal ou não. 



Os sintomas que acompanham o crescimento lento variam muito dependendo da intensidade da alteração. Alterações evidentes encontradas, por exemplo, nas mal formações cromossômicas, endócrinas ou ósseas, são diagnosticadas logo no início.
Quando se fala em discreta diminuição de crescimento em relação à população em geral, só é possível fazer este diagnóstico nos acompanhamentos mensais, quando se formará um “desenho de curva de estatura” decrescendo.


Causas

Em geral, doenças podem ser a causa do crescimento lento em crianças. Entre elas, podemos listar:

⧫ Anemia
 Infecções
 Alterações cardiológicas
 Alergias, principalmente as alimentares.
 Além disso, fatores como a genética, alimentação e outras condições de estilo de vida podem ser a causa para o crescimento lento em crianças.

A velocidade de crescimento é definida por diferentes fatores, que podemos dividir em dois tipos:


Fatores intrauterinos

Durante a gestação a herança genética traz caracteres fixos como cor dos olhos, coloração da pele e também características em relação a adoecimentos familiares (atopias, cardiopatias, obesidade, neoplasias). Dentro de um grupo familiar as pessoas adoecem da mesma forma. Em uma família de asmáticos, temos maior probabilidade de crianças asmáticas, e assim com as outras doenças de herança genética.
Além disso, na gestação é importante ter cuidados da mãe com relação a repouso, exercícios adequados, alimentação. Importante principalmente não consumir álcool e ter pouca ingestão de gordura trans. Esses são fatores controláveis.
Mas alguns fatores intrauterinos estão fora do controle da mãe, como os seguintes:

 Síndromes cromossômicas que comprometem o feto;

⧫ Alterações endócrinas: como nanismo hipofisário (deficiência de produção de Hormônio do Crescimento pela hipófise) e síndrome de Turner em meninas (defeito do cromossoma sexual);

 Síndromes congênitas, por exemplo a acondroplasia, que impede o crescimento dos ossos em comprimento, conhecido como anões.
Nesses casos, a criança não consegue desenvolver seu potencial, levando a baixa estatura final.


Fatores extrauterinos

São aqueles que ocorrem após o nascimento, e podem englobar:

 Condição de parto como anóxia neonatal, prematuridade em que a criança tem um atraso no desenvolvimento, mas atinge valores normais para idade mais para frente;
 Problemas na amamentação;
 Alimentação inadequada na primeira infância;
 Ausência de exercícios físicos;
 Ambiente sem privações;
 Doenças crônicas;
 Medicações, como a cortisona;
 Infecções de repetição.
Todos eles podem interferir no crescimento final da criança.


Buscando ajuda médica

Como o crescimento lento só será detectado quando a criança vai periodicamente ao pediatra, é importante que os pais respeitem esse ciclo, para diagnosticar não só o crescimento lento, mas qualquer outro problema de saúde da criança.
As famílias brasileiras, pela vida corrida, trabalho dos pais, acabam recorrendo muito ao Pronto Atendimento e por isso acabam perdendo os acompanhamentos de rotina de seus filhos.

A periodicidade recomendada para as consultas é:

 Mensal até os 12 meses;
 Depois aos 15 e 18 meses;
 Entre dois e quatro anos, duas consultas ao ano.
Esta é a rotina para que se consiga detectar de forma precoce, não só crescimento lento, mas outras alterações evitáveis com diagnóstico precoce.
Os pais não devem levar em conta, como forma de perceber o problema, a comparação da altura do seu filho quando as outras crianças, pois elas têm origens diferentes. Nem mesmo a comparação entre irmãos é válida, por diversos fatores.


Diagnóstico de Crescimento lento (em crianças)

Para acompanhar não só o crescimento da criança, mas também do peso da criança, existem tabelas de peso e de estatura. Até 2006 a tabela utilizada era do CDC (Center for Disease Control), uma curva americana. Mas a criança americana tem maior peso que a brasileira até os dois anos, por diferentes fatores. Em 2006 uma organização com sede em Genebra, Who Child, elaborou uma tabela em que foram utilizados dados coletados de cinco cidades em cinco continentes (excetuando-se os orientais), inclusive no Brasil, elaborando uma tabela com valores mais amplos e mais adaptados a nossa realidade.
Esse acompanhamento é feito nas consultas de rotina com o pediatra: no primeiro ano de vida essas consultas são mensais, depois aos 15 e 18 meses. E entre dois e quatro anos, são duas consultas ao ano. Desta forma, coletam-se um número de medidas que geram uma curva de acompanhamento. Com o acompanhamento a cada mês, consegue-se detectar alterações do crescimento, para mais ou para menos.


Tratamento de Crescimento lento (em crianças)

O tratamento para o crescimento lento em crianças será de acordo com a causa do problema. Por exemplo, alterações de origem genética ou hereditárias devem ser tratadas pelo especialista.


Prevenção

Hábitos de vida saudáveis ajudam a prevenir problemas de crescimento. Veja alguns deles:

 Amamentação exclusiva com leite materno até o sexto mês e alternada com alimentação regular até os dois anos;
 Alimentação complementar adequada com pouco ou nenhum artificial após o sexto mês;
 Exercícios ao ar livre por pelo menos uma hora ao dia;
 Restringir o tempo de TV, vídeo game e computador para 30 minutos ao dia;
 Adequado controle de doenças crônicas, como a bronquite, que pelo uso de muita medicação podem comprometer a estatura final.
Deve-se dar à criança a oportunidade de desenvolver todo o potencial que nasce com ela.




4) Células tronco


As células tronco também são conhecidas como células fonte. Elas se tratam de um tipo muito específico de células que são capazes de dar origem a outras células, desempenhando um importantíssimo papel na reposição celular e na regeneração tecidual. Mais especificamente, para uma célula ser considerada célula tronco ela deve, obrigatoriamente, apresentar duas características: divisão contínua e capacidade de diferenciação.



Divisão contínua: A capacidade de divisão contínua, ou auto-replicação, é a capacidade que essas células têm de se multiplicar, gerando células iguais a si. 
Capacidade de diferenciação: o potencial de diferenciação, significa, simplesmente, o potencial que essas células têm de, em condições específicas, poder dar origem ou se transformar em outro tipo de células, com suas formas e funções específicas.
Com relação aos tipos de células tronco, é possível dividi-las em dois grupos, as células tronco embrionárias e as células tronco não embrionárias. Ambos os grupos possuem sua importância e particularidades, sendo que compartilham as mesmas características basilares: potencial de multiplicação e de diferenciação.


Células tronco não embrionárias

As células tronco não embrionárias, também conhecidas como células tronco adultas, estão presentes em pequenas quantidades no organismo, dispersas nos diferentes tecidos. Esse grupo possui um potencial de diferenciação bastante diminuído em relação ao outro, em razão dessa maior restrição elas são categorizadas como células multipotentes. Isso quer dizer que, embora exista determinada restrição em qual tipo celular será originado, há a capacidade dessas células fonte adultas se multiplicarem originando outro grupo de células. Exemplos clássicos desse tipo celular são algumas células epiteliais, da medula óssea, entre outros. Assim, esse tipo de células tronco desempenha importante papel na regeneração tecidual.


Células tronco embrionárias

As células tronco embrionárias se tratam das células oriundas de etapas bastante iniciais do desenvolvimento fetal. Mais especificamente, após a fecundação ocorrem eventos de divisão celular visando aumentar o número de células. Esse grupo de células tronco são as que estão presentes na parte interna do blastocisto. Elas têm alta capacidade de diferenciação, podendo dar origem a quase todos os tipos celulares do organismo. Não obstante, essa capacidade não é plena. Isso ocorre porque existem estruturas específicas que elas não conseguem formar, como os anexos embrionários. Por essa razão são chamadas de células pluripotentes.
Uma outra forma em que as células tronco podem se apresentar são as células totipotentes. Essas, sim, podem gerar todo e qualquer tipo de tecido que compõe o organismo, inclusive a porção fetal da placenta. Nesse caso, as células que representam esse grupo são os blastômeros, ou seja, as células iniciais da clivagem do zigoto em etapas anteriores ao blastocisto. Dessa forma, as células tronco embrionárias apresentam grande importância no desenvolvimento e crescimento do organismo.
Justamente o fato de essas células tronco embrionárias terem o potencial para gerar todos os tipos celulares e seus respectivos tecidos de um organismo formado é que fez com que a medicina moderna despertasse interesse na área. Isso ocorre porque o avanço de pesquisas mostram que as células tronco podem ser uma saída para doenças degenerativas e, até mesmo, para perda de órgãos completos, ou de suas funções, decorrentes de acidentes ou de doenças deletérias.
Enfim, as células tronco se tratam de toda célula capaz de se multiplicar e diferenciar, sendo distinguidos dois tipos: as adultas e as embrionárias. Assim, essa é uma área com uma quantidade razoável de conhecimento acumulado e ainda está em plena expansão, justamente por se tratar de uma excelente alternativa para a cura ou melhora na qualidade de vida de indivíduos com diversas doenças, como Mal de Parkinson, alguns tipos de diabetes, remoção de órgão em razão de câncer, entre diversas outras.


Fontes:
www.infoescola.com/sexualidade/puberdade/
www.infoescola.com/doencas/obesidade/
www.minhavida.com.br/saude/temas/crescimento-lento-em-criancas
www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/

http://www.gikainfoescola.com/turmas/8ano/8ano.html

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